05 February 2009

Busca Desvairada

Um.
Diferentes!
Vestem a farda que os move,
esfregam as mãos e lá vão eles.
Dois minutos passados,
sentem o cheiro eterno de mais um dia.

Fecham os olhos ao trabalho,
entregam-se à sedenta fome de delírio
que os corrói lentamente.
E, escarnecem deles porque são todos iguais.

Dois.
Aqui as palavras são diferentes,
são poderosas mas passam ao lado.

Todos lutam por momentos de verdade, e,
acreditam que a verdade é estar vivo.
Mas sangram apenas para saberem se é verdade,
ou, simplesmente, para que o mundo os veja.

Não sentem, não compreendem
Porque não sabem quem são,
mas riem de mim porque sou diferente.