
A menina dos pensamentos entranha-se na vida,
sorri tudo,
mesmo quando não sorri.
A menina dos pensamentos,
observa: olha, olha tudo
e vê, eu sei que vê.
E sei que ela sabe que eu sei.
A menina dos pensamentos sorri.
Depois revolta-se com o todo injusto que vê no mundo.
E depois acolhe o bom com o doce olhar que inventou.
A menina dos pensamentos tem um olhar só seu
que só ela sabe usar.
E eu sei. Porque já o vi.
E sei que ela sabe que eu sei.
(Agosto de 2006)